Quando aprendemos a amar de um jeito mais leve, mais inteiro, mais nosso
Durante muito tempo, muitos de nós aprendemos a amar com base no que nos ensinaram: filmes, romances, promessas, idealizações. Amor, para muita gente, significava se perder no outro, suportar tudo em nome do "para sempre", insistir mesmo quando doía. Mas com o tempo, a vida ensina e às vezes pela dor que o amor precisa ser resignificado.
Resignificar o amor é reaprender o que ele realmente é e, talvez mais importante, o que ele não é.
Amor não é dependência. Não é sacrifício constante. Não é sufocar para manter alguém por perto. Não é se anular para agradar. Não é se apegar à ideia de alguém que já não existe. Amor não é controle, nem obrigação, nem silêncio forçado.
Resignificar o amor é entender que ele começa em nós. Que amar o outro não pode significar abandonar a si mesmo. Que o cuidado precisa ser mútuo, que o respeito é base, e que a liberdade é parte essencial de qualquer relação saudável.
É quando deixamos de romantizar o que fere, o que pesa, o que prende. E começamos a buscar conexões que acolham, que somem, que respeitem o tempo, o espaço e as fases.
Às vezes, resignificar o amor significa dizer adeus. Outras vezes, significa recomeçar com mais consciência. Também pode significar amar de longe, amar em silêncio, amar de uma forma nova menos egoísta, mais leve, mais verdadeira.
Resignificar o amor é deixar de viver para ter alguém e começar a escolher com quem é bom estar. É se permitir amar de forma consciente, sem medo de perder, porque já não se perde mais a si mesma para manter o outro.
E aí, o amor muda. Fica mais calmo. Fica mais sólido. Porque já não é mais sobre preencher um vazio é sobre transbordar junto.
Comentários
Postar um comentário