Os papéis que herdamos e os que escolhemos
Quando nascemos, somos automaticamente inseridos em uma rede de vínculos e papéis que não escolhemos.
Somos filhas, netas, sobrinhas, irmãs — posições determinadas pelo simples fato de existirmos dentro de uma estrutura familiar.
Não fomos consultadas, apenas aprendemos a nos adaptar.
Desde cedo, começamos a entender o que se espera de nós nesses papéis.
Aprendemos, muitas vezes sem perceber, a agradar, a cumprir expectativas, a nos moldar.
E esse processo vai nos formando — às vezes com carinho, outras vezes com cobranças silenciosas.
Os papéis que escolhemos
À medida que crescemos, ganhamos algo muito poderoso: a capacidade de escolher.
Escolhemos ser amigas, confidentes, noras, cunhadas.
Escolhemos namorar, noivar, casar — ou não.
E é nesse momento que algo se transforma:
percebemos que temos o poder de decidir quem entra na nossa vida e, principalmente, como essas pessoas nos afetam.
Não é mais sobre se adaptar ao que foi dado, mas sobre construir conexões conscientes e saudáveis.
É sobre deixar de ser apenas alguém que ocupa um papel, e passar a ser protagonista da própria história.
O impacto das escolhas emocionais
Relacionamentos — de qualquer natureza — têm impacto direto em quem nos tornamos.
Por isso, é essencial refletir:
-
Com quem escolho me conectar?
-
Quem estou permitindo que influencie meu mundo interno?
-
Meus vínculos me fortalecem ou me esvaziam?
Quando passamos a olhar para essas perguntas com sinceridade, percebemos que não precisamos carregar todos os papéis, especialmente aqueles que nos machucam ou nos anulam.
A vida é feita de papéis — alguns herdados, outros escolhidos.
Mas, com o tempo, aprendemos que também é possível reescrever o roteiro.
Você não precisa se limitar às expectativas que colocaram sobre você.
Pode escolher quais relações cultivar, quais histórias encerrar e quais novos papéis deseja viver — de forma consciente e verdadeira.
Comentários
Postar um comentário