Quanto menos naturais nos fomos, mais distante da nossa natureza estaremos

 


Vivemos em um tempo em que ser "natural" se tornou quase um ato de resistência. Resistir ao excesso de filtros — não só os digitais, mas os emocionais e sociais também. Resistir à necessidade constante de performar um papel, de agradar, de caber. E quanto mais nos moldamos para atender expectativas externas, mais nos afastamos da nossa verdade interior.

A natureza não força a flor a desabrochar. Ela floresce no tempo certo, com as condições certas. E talvez nós também deveríamos nos permitir esse mesmo cuidado: sermos mais como somos, menos como esperam que sejamos.

A naturalidade carrega a força da autenticidade. Ela nos conecta com aquilo que é simples, mas essencial: nossos sentimentos, nossos valores, nossa voz. Quando escolhemos silenciar essas partes para agradar, nos proteger ou nos encaixar, vamos pouco a pouco nos desconectando de nós mesmos.

Ser natural não é ser perfeito. É ser real. É honrar nossos ritmos, nossas imperfeições e também nossas potências. É lembrar que a essência não precisa de máscaras — ela só precisa de espaço.

Por isso, hoje te convido a observar: em que momentos você tem se forçado a ser quem não é? Onde está escondido o seu verdadeiro "eu", aquele que sorri com os olhos, que sonha sem medo, que fala com o coração?

Talvez seja hora de voltar. Voltar para si. Voltar para casa.

Porque quanto menos naturais nos fomos, mais distante da nossa natureza estaremos — e é nela que mora a nossa liberdade. 

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