Porque o amor não acaba, ele se transforma. E às vezes, recomeça.
Amar de novo assusta. Principalmente quando já se amou e se quebrou. Quando se deu tudo e, mesmo assim, não foi suficiente. Quando se acreditou que era para sempre e teve que aprender a conviver com o fim. O coração, marcado, cria defesas. As mãos, que antes se estendiam com facilidade, agora hesitam. E o medo de repetir a dor faz parecer mais seguro não tentar mais.
Mas o tempo, com sua sabedoria silenciosa, vai cicatrizando o que parecia impossível. E, de repente, sem aviso, a vida traz a possibilidade de um novo amor diferente, leve, inesperado.
Esse novo amor não precisa ser maior. Ele só precisa ser verdadeiro. Ele não vem para apagar o que já foi vivido, mas para mostrar que o amor pode ter outros rostos, outros jeitos, outros tempos. E que amar outra vez não é traição ao passado é homenagem à vida.
Resignificar o amor é entender que ele não é único, nem sempre igual. Que o amor amadurece com a gente. E que, depois da dor, ele pode nascer mais consciente, mais calmo, mais presente. Um amor que não exige máscaras, nem urgências. Que acolhe as cicatrizes ao invés de evitá-las. Que entende os silêncios, os medos e as pausas. Que não precisa de promessas grandiosas, mas constrói verdades nos pequenos gestos.
Amar de novo é ter coragem de abrir a porta mesmo depois de ter sido ferido. É olhar alguém nos olhos e não ver comparação, mas possibilidade. É aceitar que cada história é única e que não precisamos repetir os mesmos erros, nem carregar os mesmos pesos.
O amor resignificado não é perfeito. Mas é mais real. Ele não busca preencher buracos, mas caminhar ao lado. Ele não invade, mas convida. E é por isso que ele cura.
Se hoje a vida te oferece a chance de amar de novo, mesmo que ainda doa um pouco, saiba: você não está recomeçando do zero. Você está recomeçando com tudo o que aprendeu.
E isso muda tudo.
Comentários
Postar um comentário