Guardados no Sótão: Aquilo Que Não Queremos Ver

 Você já entrou em um sótão? Esses espaços costumam ser cheios de poeira, caixas esquecidas e objetos que um dia tiveram valor, mas foram deixados de lado. Na nossa mente, acontece algo parecido. Existem lembranças, sentimentos e medos que guardamos como se estivéssemos empilhando caixas num canto escuro, esperando nunca mais precisar abrir. Mas será que o que escondemos realmente desaparece?

Às vezes, sem perceber, esses "guardados no sótão" voltam para nos assombrar. Uma música que ouvimos por acaso, um cheiro que nos transporta para um momento antigo, um sonho recorrente que insiste em nos lembrar de algo que tentamos esquecer. São pequenos sinais de que, mesmo que tenhamos empurrado certas emoções para o canto mais alto e inacessível da nossa consciência, elas ainda estão lá.

E o que acontece quando acumulamos demais? O sótão fica cheio, desorganizado, difícil de entrar. Assim como nossa mente, que começa a ficar sobrecarregada quando evitamos lidar com aquilo que nos assusta ou machuca. O passado não some, ele apenas espera o momento certo para se fazer presente.

Talvez seja hora de subir essa escada interna e abrir algumas caixas. Revisitar memórias pode ser doloroso, mas também pode trazer alívio. Algumas coisas precisam ser organizadas, outras podem ser descartadas. Nem tudo que guardamos merece espaço na nossa história.

Que tal começar essa limpeza? O que será que está escondido no seu sótão interior?

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